Ontem foi dia de embalos de sábado no horário de verão; a noite só chegou por volta das 20h. O evento temático aconteceu novamente no parceiro Luiz Café Conceito, que não só cedeu o espaço e a música, como colocou todo o seu pessoal vestido a caráter, com os figurinos abrangendo de 1969 até 1979. Não bastasse o cenário bucólico retrô do café, eles simplesmente entraram na idéia de corpo e alma.
O início foi devagar, até as 18h pouca gente apareceu, mas isso já era esperado. O dia estava, como hoje, quente e abafado, agravado pelo horário de verão, que prolongou a agonia de sermos cozidos vivos. Mas vejam só, gente que deu bolo nas últimas vezes, apareceu! Tivemos um problema com feriado prolongado e vários eventos simultâneos pela cidade, muitos já tinham se comprometido com eles. A farra de periquitos, maritacas, araras e algumas garças, ajudou a passar o tempo e complementou as conversas.
O que atenuava o calor, enquanto falávamos da onda estúpida de edifícios de fachada espelhada, era justamente a fachada retrô, com revestimento e deck de madeira, tudo com espaço para o ar circular. O tempo estava quente, mas poderia ser pior. Ser retrô é ter bom senso, mesmo com os exageros.
Mesmo assim havia mais gente no lado de dentro, refrigerado, conversando e consumindo lá mesmo a esperar pelo momento de sair sem que o sol tostasse suas peles. Suar e estragar o figurino era um temor grave o suficiente, preferiram não arriscar e usufruir do ambiente rústico e sofisticado até poderem sair.
O bom foi ver que estavam todos absolutamente à vontade em seus figurinos, como se aquela fosse sua roupa cotidiana. Não preciso dizer que eles ficavam melhor caracterizados de anos setenta, pelo menos o frescor das roupas da época e a personalidade própria estavam escancaradas. Não era encenação, estavam realmente bem e à vontade naquelas roupas. Deveriam adoptar o visual para uso cotidiano. Todo mundo deveria viver do seu jeito e exigir respeito.
Conforme o dia findava e o calor cedia, o lugar começou a encher, alguns com trajes setentistas, especialmente as moças. Os rapazes estavam muito, mas muito tímidos! Um Opala Comodoro coupé, um Landau, uma Harley Davidson e uma motocicleta BMW dos anos cinqüenta ajudaram a formar o clima.
Havia uma mesinha com um telephone de baquelite preta e uma vitrola Philips portátil, ao redor deles alguns jovens se perguntando o que seria aquilo e nós, vintage pela história que trazemos, explicamos que nem sempre se pôde carregar milhares de músicas em um dispositivo do tamanho de uma unha... Ele nem existiam nas cabeças dos autores de ficção científica! Mas também não havia o rito de tirar a agulha, virar o disco e recolocar a agulha, que por banal que pareça, faz a pessoa se envolver no que está fazendo e usufruir melhor do que ouve.
Uma vez a temperatura amena e o clima agradável, o café se encheu rapidamente, parecia brotar clientes do chão, inclusive alguns que pareciam não saber da empreitada em andamento, vendo-se servidos por hippies da era psicodélica e pagando a uma caixa que aprecia ter saído do seriado As Panteras; Foi um bônus para suas noites. E veio a hora do som, só com músicas dançantes, começando com Tina Charles. E veio a hora de cumprir com minha promessa, deixar a timidez de lado e ir dançar. Qual foi a minha surpresa diante da timidez generalizada! De início alguns até tentaram, eu chamava as pessoas, mas logo me vi sozinho na pista. Bem, fiz minha parte, da próxima vez vou cobrar a participação.
O ambiente discoteque não era aquela cafonice ensurdecedora que é moda nos sons automotivos, as pessoas conseguiam conversar sem dificuldades, alguns se lembrando da época e alguns se perguntando que bandas seriam aquelas, enquanto flocos de luz colorida percorriam a área externa e o globo de vidro cintilava. Os comensais estavam contentes, alguns comentaram minha performance, mas ainda ficaram devendo a participação... E eu sou muito tímido! Sério! Os galãs conquistadores é que fizeram cosplay de dois de paus!
Foi tudo muito simples, tocado quase que exclusivamente com a vontade dos envolvidos de fazer uma boa noite, com a estrutura já existente incrementada por jogo de luzes e uma caixa de som, mas valeu à pena! Valeu tanto que temos mais em mente, Aguardem! E por favor, desta vez não me deixem dançando sozinho!
Para verem o álbum que fiz, é só clicarem aqui.
O início foi devagar, até as 18h pouca gente apareceu, mas isso já era esperado. O dia estava, como hoje, quente e abafado, agravado pelo horário de verão, que prolongou a agonia de sermos cozidos vivos. Mas vejam só, gente que deu bolo nas últimas vezes, apareceu! Tivemos um problema com feriado prolongado e vários eventos simultâneos pela cidade, muitos já tinham se comprometido com eles. A farra de periquitos, maritacas, araras e algumas garças, ajudou a passar o tempo e complementou as conversas.
O que atenuava o calor, enquanto falávamos da onda estúpida de edifícios de fachada espelhada, era justamente a fachada retrô, com revestimento e deck de madeira, tudo com espaço para o ar circular. O tempo estava quente, mas poderia ser pior. Ser retrô é ter bom senso, mesmo com os exageros.
Mesmo assim havia mais gente no lado de dentro, refrigerado, conversando e consumindo lá mesmo a esperar pelo momento de sair sem que o sol tostasse suas peles. Suar e estragar o figurino era um temor grave o suficiente, preferiram não arriscar e usufruir do ambiente rústico e sofisticado até poderem sair.
O bom foi ver que estavam todos absolutamente à vontade em seus figurinos, como se aquela fosse sua roupa cotidiana. Não preciso dizer que eles ficavam melhor caracterizados de anos setenta, pelo menos o frescor das roupas da época e a personalidade própria estavam escancaradas. Não era encenação, estavam realmente bem e à vontade naquelas roupas. Deveriam adoptar o visual para uso cotidiano. Todo mundo deveria viver do seu jeito e exigir respeito.
Havia uma mesinha com um telephone de baquelite preta e uma vitrola Philips portátil, ao redor deles alguns jovens se perguntando o que seria aquilo e nós, vintage pela história que trazemos, explicamos que nem sempre se pôde carregar milhares de músicas em um dispositivo do tamanho de uma unha... Ele nem existiam nas cabeças dos autores de ficção científica! Mas também não havia o rito de tirar a agulha, virar o disco e recolocar a agulha, que por banal que pareça, faz a pessoa se envolver no que está fazendo e usufruir melhor do que ouve.
Uma vez a temperatura amena e o clima agradável, o café se encheu rapidamente, parecia brotar clientes do chão, inclusive alguns que pareciam não saber da empreitada em andamento, vendo-se servidos por hippies da era psicodélica e pagando a uma caixa que aprecia ter saído do seriado As Panteras; Foi um bônus para suas noites. E veio a hora do som, só com músicas dançantes, começando com Tina Charles. E veio a hora de cumprir com minha promessa, deixar a timidez de lado e ir dançar. Qual foi a minha surpresa diante da timidez generalizada! De início alguns até tentaram, eu chamava as pessoas, mas logo me vi sozinho na pista. Bem, fiz minha parte, da próxima vez vou cobrar a participação.
O ambiente discoteque não era aquela cafonice ensurdecedora que é moda nos sons automotivos, as pessoas conseguiam conversar sem dificuldades, alguns se lembrando da época e alguns se perguntando que bandas seriam aquelas, enquanto flocos de luz colorida percorriam a área externa e o globo de vidro cintilava. Os comensais estavam contentes, alguns comentaram minha performance, mas ainda ficaram devendo a participação... E eu sou muito tímido! Sério! Os galãs conquistadores é que fizeram cosplay de dois de paus!
Foi tudo muito simples, tocado quase que exclusivamente com a vontade dos envolvidos de fazer uma boa noite, com a estrutura já existente incrementada por jogo de luzes e uma caixa de som, mas valeu à pena! Valeu tanto que temos mais em mente, Aguardem! E por favor, desta vez não me deixem dançando sozinho!
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