domingo, 15 de julho de 2018

YES! Nós temos pin-up!

Em Abril veio a primeira aparição.

    Não há cultura retrô-vintage sem elas! Não há muita graça sem suas adoráveis presenças, e disso se ressentiam os encontros de carros antigos e as feiras de antiguidades da cidade. Anápolis zombava de uma capital muito maior, mas sem um décimo do seu rico movimento retrô. Víamos de longe o glamour que Curitiba já tem e justifica ser a capital retrô do Brasil. É sério! Basta digitar "Curitiba retrô" e uma penca de sites de lojas especializadas aparece no motor de busca, com muitas páginas para explorar. Se a busca for por imagens, pode guardar o dia inteiro para se divertir. Já Goiânia...


    Mas isso acabou. O complexo de inferioridade está com os dias contados e terminando! Já temos um grupo de adoráveis moças freqüentando com trema e dando a graça e o encanto aos eventos. No começo eu estranhei, não quis acreditar, mas após alguns meses vi que a coisa é séria, que finalmente podemos bater no peito e dizer que sim, NÓS TEMOS PIN-UP!


    O grupo Pin Ups Girls Gyn nasceu da vontade de mulheres simples, mas abnegadas e cientes do que querem, que têm suas obrigações diárias e suas responsabilidades, oferecendo de livre e espontânea vontade as doses de simpatia, charme, elegância e feminilidade que tanto faltam ao mundo azedo de hoje. E olha, sair de várias partes da região metropolitana de Goiânia, com este clima quente e seco, algumas bem distantes, para oferecer um sorriso a gente estranha, esquisita, não estou me sentindo bem, é um feito épico.


    O mais importante é que elas conseguem fazer um trabalho sério, não há exageros, estereótipos ou economias desnecessárias... e infelizmente ainda não há patrocínio para ajudar no figurino. Enfim, tudo ainda está nos primórdios e há esperanças de alguma coisa como o "Viva Las Vegas" acontecer aqui algum dia, então elas perseveram... e nós do VWoL também.


    O ponto que mostra que aprenderam direitinho a lição, e se inspiraram nas modelos certas, é a atitude. São moças solícitas, pacientes, dispostas a agregar valor às photographias dos visitantes e sem vergonha de posar com eles. Uma conversa? Sem problemas! As poses típicas das obras de Elvgren, Petty, Vargas, Buell, Mozart, Frush, Medcalf e Alceu Pena fazem aprte do repertório.


    A naturalidade também é de veteranas, porque elas se comportam e perambulam entre o público como se estivessem em suas décadas preferidas, como se não chamassem mais atenção do que a garota de shorts colados e rasgados que custaram mais do que um termo. E elas chamam atenção, sabem que chamam e não perdem a pose por isso.


    O facto de serem mulheres simples, apesar de estonteantes, as faz perceber de pronto o humor do próximo e saber de imediato como interagir, porque elas conhecem os revezes da vida. E sim, não folguem porque elas sabem impor respeito, e algumas são casadas. Ou seja, são pin-ups autênticas!


    Elas circulam sozinhas ou em grupo por eventos aonde são convidadas, ou mesmo apenas queiram conhecer e esbanjar seu glamour. Os fixos mais tradicionais são o encontro interclubes de veículos antigos, no Cepal do Setor Sul a cada último domingo de cada mês, e a feira de antiguidades que já tem um ano e acontece na praça Almirante Tamandaré, todo segundo domingo de cada mês.


    Expectativas? Praticamente nenhuma, não deste escriba calejado e cheio de cicatrizes. O que tenho é confiança nessas môças (anos 60 on) de fino trato, são elas o início REAL de uma cultura que só fez bem aos lugares em que se instalou, e não demora muito para Goiânia receber os frutos desta longa e lenta semeadura.

    Para saber e se encantar mais mais:
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